Professor e estudante do IFSP Itapetininga participam de desenvolvimento de software capaz de medir padrões geométricos característicos de metais e ligas metálicas em parceria com Unicamp e Unifesp
O Professor Carlos Henrique da Silva Santos e o estudante Paulo Henrique Cândido Vieira, do IFSP Campus Itapetininga, participaram do desenvolvimento de um software capaz de reconhecer padrões geométricos característicos de metais e ligas metálicas que possuem microestruturas dendríticas e celulares. O projeto foi conduzido por pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em parceria com cientistas do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP) e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
A invenção traz uma vantagem para a indústria, pesquisadores e estudantes das Engenharias Mecânica, Metalúrgica e de Materiais, que não precisam mais depender do fator humano para o reconhecimento dessas microestruturas, poupando tempo e esforço para realizar a medição. O programa de computador traz como novidade a inteligência artificial, o que auxilia profissionais da indústria e pesquisadores, já que dispensa medições humanas para reconhecer os parâmetros microestruturais do material analisado.
Esses parâmetros microestruturais são essenciais para a indústria de materiais e investigações científicas que necessitam caracterizar as propriedades mecânicas dos materiais. Com isso, o objetivo do programa de computador é automatizar e padronizar essa medição por meio de uma inteligência artificial. Para isso, as funcionalidades do programa consistem em enviar ao sistema uma imagem extraída de uma metalografia previamente realizada para que ele gere um relatório final com as informações necessárias extraídas. Cada uma das imagens enviadas também servirá para realimentar um modelo de aprendizado de máquinas que tornará o software capaz de reconhecer novos padrões.
A tecnologia pode trazer novidade no mercado, já que outras ferramentas conhecidas exigem muitas interações com o usuário e dependem da habilidade e do conhecimento de quem está extraindo as medidas, uma vez que esta pessoa fica responsável por reconhecer visualmente as características da amostra. Já com o software, essa interação seria mínima e toda medição seria realizada usando técnicas de processamento de imagem, evitando o viés subjetivo do usuário e erros de medição, o que ocasiona em uma maior precisão, além de velocidade de processamento.
Fonte: Agência de Inovação da Unicamp
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